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9.13.2012

O TESOURO

Recordo todas e tantas as palavras que te escrevi. Escrevia-me para me abrigar da tempestade que se avizinhava. Tive sempre o sentimento de não pertencer completamente a nenhum lugar. E de repente, com uma mistura de reserva e de audácia, a par com algumas concessões, aceitei a realidade que me cerca e me controla. Apetece-me, hoje mais que ontem, ir procurar-te onde estiveres e gritar-te que chegou a hora de vivermos. Porque sinto agora o que nunca senti antes. Quase tenho vontade de ficar num único lugar para sempre... logo eu, cuja ambição é poder viajar livremente pelo mundo.
Talvez eu esteja a perder o controlo sobre a minha existência. Ou talvez eu aceite, a partir de hoje, ser governada pelo destino que te colocou na minha vida para te viver. Por vezes, temos de decidir entre aquilo a que estamos acostumados e aquilo que gostaríamos de ter. E eu sei que te quero perto de mim. E sempre que o sol cruza o céu, eu pergunto porque não estamos juntos. Tenho medo, medo de concretizar o meu sonho e depois não ter mais motivos para continuar viva. Mas as decisões são apenas o começo de alguma coisa. E ao decidir que te quero, mergulhei nesta corrente poderosa que me leva para um lugar desconhecido onde eu jamais pensei poder chegar. Quando se ama, as coisas fazem ainda mais sentido, sabias? Por vezes, temos os tesouros em frente de nós e não percebemos. Sabes porquê? Porque homens e mulheres não acreditam em tesouros.

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