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9.15.2014

O ALÇAPÃO

Hoje, com a alma a correr atrás do tempo, agarro a festa... Sem medo, com empenho e sem ciúme. Desarranjo a ordem definida por quem não sabe definir e, percorrendo o trilho ou a sua ausência, agarro-me a ti. Sei que há almas que nunca serão resgatadas mas nem me importo. Almas contra as quais ninguém se previne o suficiente...
Hoje, agora, espalham-se os  pensamentos em todas as direções... Hoje, com sempre, estou inundada de palavras. Ainda penso em ti como quem pensa num poço vazio. Sei do que falo porque moro lá dentro, nesse alçapão azul que  nos embaraça, embaraçando-me...

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