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3.15.2011

DA COSTA RICA AO PANAMÁ

Dia 1 - TAP AIR PORTUGAL, TP 121, destino - CARACAS, aeroporto Simon Bolivar. Viagem de 8h 05m. Aterrei eram 14h15, hora local na Venezuela. Dali, seriam ainda mais 3h para Sao José, capital da Costa Rica. Hostal Pangea, indicada pela Lonely Planet, foi o lugar escolhido para pernoitar: 23 dias de viagem para limpar a mente e relaxar.
Dia 2 - Mal dormi na primeira noite na Costa Rica. Ou do Jet Lag ou o lado emocional da viagem a falar mais alto. Passei toda a noite a olhar o tecto. Por volta das 5h da matina levantei-me e saí para a rua. A cidade de S. José acorda cedo. Ainda que aparentemente calma àquela hora, por volta das 8h o movimento era já intenso. Mas as pessoas respiram calma, um certo ar de relax, como se a palavra stress lhes fosse estranha. Respira-se tranquilidade. O lema dos ticos parece fazer aqui todo o sentido. Que PURA VIDA!
Deambulei pelas ruas da cidade depois de um delicioso pequeno almoco costariquenho constituido por Gallo Pinto (arroz com feijão e ovos e tomate, tudo acompanhado pelo mais delicioso cafe que se possa imaginar. Pequenos prazeres que fazem a delícia de um viajante. O contacto com os locais , com os seus cheiros e sabores, enfim, a vida na sua maior simplicidade. O povo afectuoso, trata nos com carinho e sem qualquer tipo de pressão. Visita ao Mercado Central de S. José. Dia 2 de Agosto, dia feriado. Dia da Virgem de Los Angeles, conhecida como LA NEGRITA. Milhares der romeiros visitam a Basílica situada em Cartago, antiga capital situada a 22 km de S. José, vindos de toda a Costa Rica. Reza a lenda que esta santa teria aparecido a uma menina em forma de uma pedra negra no local onde hoje se encontra a igreja. A menina pensou ser uma boneca e levou-a para casa. Mas a pedra negra, em forma der santa, tornava a aparecer sempre no local onde surgira pela primeira vez. Perante tal facto, a Igreja permitiu ali o aparecimento de uma basilica que hoje recebe milhares de fiéis.
Dia 3 - Partimos de S. José com destino a Quepos. 4h de viagem em autocarro. Delicieime com uma paisagem luxuriante que me deu o feeling de estar a visitar um jardim botãnico em tamanho gigante. Em Quepos, o Parque Nacional Manuel António era o nosso destino. Escolhemos o inesquecível Hotel Costa Verde cujo lema se rege pela frase "still more monkeys than people". O que posso confirmar ser absolutamente verdade. Vi mais macacos a trepar e a saltar de galho em galho do que pessoas por ali. Passei o dia na piscina virada ao mar azul entre palmeiras e em plena floresta tropical. Adormeci ao som das muitas aves, do som dos insectos e dos gritos dos macacos. O jantar foi em frente ao mar, depois de algumas horas de deleite na varanda do nosso quarto, ao som de uma tempestade tropical. A chuva intensa e os relãmpagos que iluminavam o céu transportam-me para outro mundo. Estava nos trópicos, virada ao oceano pacífico.
Dia 4 - Deambulei pelo Parque Nacional Manuel António, a 7km de Quepos. Macacos, preguicas, jacarés, aves, insectos, tudo embrenhado numa paisagem de perder o fôlego. Praias de capa de revista, de areia imaculadamente branca e águas quentes com palmeiras a baloiçar. E desertas!
De regresso e rumo a outras paragens, pernoitámos novamente em S. José pois perdemos o autocarro para Cariari. Depois de um saboroso jantar, conhecemos o Bairro Amon, repleto de prostitutas e travestis e bares suspeitos, tudo misturado com normais estudantes que por ali passavam.
Dia 5 - Partimos de S. José com destino a Cariari de onde apanhámos um autocarro para um lugar estranhíssimo, ponto de partida do barco que nos levaria a Tortuguero. Duas horas e meia de bote em plena selva. Descemos o Rio Tortuguero entre margens repletas de vegetação virgem habitada por espécies variadas. Macados saltavam de galho em galho e nas margens do rio vi jacares e crocodilos. Em plena noite, caminhámos horas para chegar a uma praia onde as tartarugas vem desovar. Depois tapam os ovos e rumam ao mar. Verdadeiramente tocante. Adormeci cansada.
Dia 6- Acordei ao som da chuva. Muita chuva. Intensa. Tropical. Quente. Após uma deliciosa panqueca com doce e manteiga, mais uma viagem de bote. Desta vez pelos Canais de Tortuguero rumo a Puerto Limon. Alguns crocodilos repousavam tranquilamente nas margens do rio, ao longo dos canais, enquanto árvores estranhas e aves de todas as cores pairavam sobre nos.
Almocei em Puerto LImon, cidade de espirito tipicamente carribenho. Seguimos para Cahuita.
Dia 7 - Conhecemos Cahuita, uma vila com uma praia de areia branca e palmeiras mas a chuva impediu-nos de ficar. Seguimos para Puerto Viejo de Talamanca. Estivemos nas Cabanas Yucca, em frente ao mar e ouvimos muito reggae nos bares da vila.
Dia 8 - O dia foi passado em Puerto Viejo e na sua Playa Negra. Habitam esta vila pessoas de 44 nacionalidades diferentes e sente-se o espírito internacional. Malta de todo o lado passeia a pé, de bicicleta, a cavalo. Um mundo!
Dia 9 - Partimos de Puerto Viejo rumo a Sixaola, ultima localidade na Costa Rica antes de entrarmos na Panamá. A fronteira para o Panama surge a seguir a uma ponte apodrecida que se atravessa a pe. Guabito, no Panamá, fica do outro lado do rio e da ponte. Dali, fomos de taxi para Changuinola de onde apanhariamos o barco para Bocas del Toro, capital da Isla Colon. Uma ilha virada ao mar de um lado e, do outro, ao rio, com casas de madeira sobre a água, pintadas de todas as cores imagináveis. Escolhemos um hotel com uma vista soberba sobre o mar e jantámos camarões no El Pirata. Adormeci a ler Falling Angels e a personagem da Avy May nunca mais me saiu da mente.
Dia 10 - Acordei por volta das 9h e instalei me no magnifico terraço do hotel a beber café e a saborear a paisagem. Fomos a Bocas Del Drago, uma praia de aplmeiras e cocos a cair de quando em vez.
Dia 11 - Visitamos a Isla Bastimentos, um local difícil de descrever. Pobre, sem turismo, isolado e repleto de potencialidades. Imagino como será este local dentro de 10 anos. Um caminho íngreme pelo meio da selva levou-nos a uma praia idílica de areia branca, mar azul, aguas quentes e sol, muito sol. Antes do regresso a Bocas del Toro, saboreámos uns momentos de descanso no único bar da ilha, com música reggae e fotos do Bob Marley por todo o lado.
Dia 12 - Viajámos durante todo o dia. De Bocas del Toro, de barco para Almirante.De Almirante para David, 3h 30 de autocarro. Daqui para Penonome, 5h de autocarro. Chegamos a Penonome e optámos por dormir no hotel mais proximo.
Dia 13 - Saimos para El Valle de Anton, uma cidade pitoresca no vale de uma montanha onde, todos os Domingos, se realiza um célebre mercado de artesanato onde indígenas de locais distantes aproveitam para vender os seus produtos. Da varanda do hotel deliciei-me com uma fantástica paisagem sobre a montanha. Andámos de bicicleta e comemos pizza ao jantar.
Dia 14 - Após um passeio pela Feira de Artesanias de El Valle, seguimos de autocarro para a Cidade do Panamá, cerca de 2h de viagem. Visitámos a zona de Casco Viejo, zona antiga da cidade e andámos a pé como forma de conhecermos um pouco a cidade. Cansados, optamos por um tour pelos principais destinos turisticos: Causeway, Ponte de Las Americas, Marbella, Panama La Vieja, Casco Viejo e La Catedral.
Dia 15 - Visita ao Canal do Panamá. Fiquei impressionada com a fabulosa obra de engenharia que ali se encontra. Imaginem que estava no Canal do Panama, a ver os navios passar! A Julia Pinheiro, marido e filhos! lol Dali, perdemos o juizo nas muitas lojas do Allbrook Mall pois o consumismo e o cosmopolitismo de um centro comercial já estava a fazer-nos alguma falta. LOL
Dia 16 - Fui conhecer Panama La Vieja, as ruinas da antiga cidade do Panamá. Ficámos numa esplanada a olhar ao mar na zona antiga da cidade. De regresso, visitei o Multicenter e o jantar foi no Planet Hollywood.
Dia 17 - A Causeway representa uma maravilhosa zona de recreio para os habitantes da cidade. Dali avista-se mar de todos os lados e que bom ver os navios de recreio atracarem. Vive-se bem ali.
Dia 18 - Andamos nos coloridos e folclóricos autocarros da cidade do Panamá. A Avenida Central, repleta de comeárcio, lembra outras baixas de cidades sul americanas como o Rio de Janeiro, Santo Domingo...
Dia 19 - Dia passado na Piscina do luxuoso Hotel Panamá, um bónus merecido após tantos dias de mochila as costas.
Dia 20 - ibidem
Dia 21 - Despedida da Cidade do Panamá. Olhei o mar e os arranha-céus desta pequena Manhattan da America Central. Um gelado na Baskin Robbins transportou-me para a realidade que se aproximava. O regresso no dia seguinte.
Dia 22 - Viagem pela Copa Airlines da Cidade do Panamá, aeroporto Tocumen, para Caracas, 2h 15m. Depois vôo da Tap 130 para Lisboa, partida de Caracas as 17h e chegada prevista a Lisboa às 6h da manha do dia seguinte.
O fascino de uma viagem permanece muitos dias, meses e anos depois de ter acabado.

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