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7.27.2012

PRAGA, A MÍSTICA

Praga é uma cidade marcada por lendas medievais ou pela crendice popular, tanto faz. A verdade é que ao anoitecer, a cidade ganha um misticismo difícil de descrever, próprio das cidades com alma. Os símbolos esotéricos estão por todo o lado: o cálice de ouro na Rua do Castelo e a serpente, também de ouro, na rua Karlova são apenas alguns exemplos. E quando o relógio astrológico na Praça da Cidade Velha - STAROMETSKÉ NAMESTI - marca as doze badaladas a marcar a meia noite, é a figura da velha morte que ali aparece de foice na mão, a avisar-nos de que um dia virá para nos levar... Do Castelo de Praga emanam lendas várias: a da princesa Libuse e do seu enviado especial, o cavaleiro sem cabeça - de VYSEHRAD -, um dos mais antigos fantasmas de Praga, entre tantos que habitam a cidade...
Praga é mística e vibra de paganismo, misticismo e astrologia, todos ligados à história desta cidade. Já Carlos IV, o Rei mais famoso, era iniciado no esoterismo e mandou construir o NOVÉ MESTO (cidade nova) segundo as cartas celestes. Para não falar do excêntrico Rodolfo II ao ordenar que os seus alquimistas, encarregues de lhe descobrir a Pedra Filosofal, fossem instalados em pequenas e coloridas casas na viela de ouro do castelo - ZLATÁ ULICKA. Deambular por Praga à noite põe-nos em contacto com todos estes seres do além que nos perseguem mas sobretudo confronta-nos com os nossos próprios fantasmas, que todos temos escondidos dentro de nós.

Visitei Praga pouco tempo depois da queda do Muro de Berlim, quando a cidade se abria à Europa primeiro, ao mundo depois. Desde então, o Leste ficou mais próximo e a sua riqueza histórica e cultural é indiscutível. Praga é uma cidade que se deixa visitar a pé, como eu gosto. Uma cidade do exterior  que nos dá verdadeiras lições de gótico, barroco, românico e arte nova, tudo à frente dos nossos olhos, pelas ruas... Lembro-me de, ao fim da tarde atravessar a ponte D. Carlos  com as suas estátuas de mármore e pensar que Praga, como Budapeste, são cidades para serem visitadas a dois. E não como eu fiz: orgulhosamente só!

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