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7.02.2012

CONFISSÃO



Não queria precisar disto mas já preciso como de ar, de sol, de mar...  Sei que é um voo demasiado arriscado que fazemos... um voo rasante e perigoso. Mas não me quero desfazer de ti. Já não consigo... Guarda para ti esta confissão e faz dela o que quiseres. Não me quero perder de ti agora que te encontrei.
E fico assim. De joelhos encostados ao queixo, mãos entrelaçadas sobre os joelhos, contemplandode olhos fechados, a tua imagem ou, na falta dela, a minha imagem de ti...
Nem sei se queres voar, ou voar comigo ou se até terás medo de voar... Mas como é que se voa, com uma asa presa na mão de alguém?
Diz-me, sussurra-me ou grita-me, que é possível voar com uma mão presa na tua mesmo que nos estampemos os dois.


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