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10.20.2012

SORTE

Naqueles dias, ela teve a sorte de adoecer. Antes isso que definhar lentamente em frente aos outros. Assim, remeteu-se sozinha ao isolamento, à espera de que a dor daquela ferida aberta e em sangue vivo fechasse. Há doenças que os medicamentos não curam. Ela ainda tentou drogar-se todos os dias.. Descuidada, não temeu o contágio. Sem preservativo que a salvasse, deixou-se infetar... pelo sonho. Confundiu-o com a realidade. 
Por isso agora, até a sua ferida sarar, ela vai tecendo os dias como pode, atando as estrelas aos caminhos, os trilhos do acaso às montanhas, as montanhas às montanhas e todas as árvores ao céu.

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