Não consigo ficar
quieta...Terrível, terrível e perigoso quando escrevo poesia... logo eu que não escrevo poesia.
Curioso como a gente
se habitua...ao perigo. Como que a fazer furos na rotina...Agarremos a festa, sim... estimulante e sem desperdícios que aqui e agora a festa somos nós...
Essa festa, onde nos olhamos com cúmplice olhar...
Um olhar de palavras nuas, cegas, loucas...
Indagando, em todas as frases, o estado das raízes...
Um olhar... esse olhar atravessado pela ausência...
Alugado à pressa num fim de festa...
Ou aquele olhar,
outro olhar...o olhar que penetra audacioso...
Ou o outro, o olhar
que rodopia, incessante, louco, qual dervichee... sagaz... a querer transpor a vida para ficar do outro lado... detrás da cortina... a olhar-te através do véu... do meu véu... transparente... frágil...
Há olhares assim... olhares que ditam os poemas aos poetas...
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