Vou, por isso, contrafeita, fazer de conta que tudo aquilo foi um exercício literário com que gastei as minhas horas de solidão, procurando convencer-me de que passei aqueles dias, meses, anos, sem atropelos, quase ausente de sentidos e despida de emoções. Mas não resulta. Que a mim me já não convenço. Esta supremacia de sentidos continua a enrolar-me e é nestas horas que a gente é capaz de reparar que a vida é tão banal até sermos engolidos por um tsunami que surge sem nome nem origem nem destino.
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